DOMINGOS AMARAL VOLTA AO MUNDO LITERÁRIO
COM NOVO ROMANCE
Lisboa, 1755: uma freira quer morrer, um pirata quer fugir da prisão, um rapaz quer encontrar a sua irmã gémea. O grande terramoto vai mudar as suas vidas para sempre.
Lisboa, 1 de Novembro de 1755. A manhã nasce calma na cidade, mas na prisão da Inquisição, no Rossio, irmã Margarida, uma jovem freira condenada a morrer na fogueira, tenta enforcar-se na sua cela. Na sua casa em Santa Catarina, Hugh Gold, um capitão inglês, observa o rio e sonha com os seus tempos de marinheiro. Na Igreja de São Vicente de Fora, antes da missa começar, um rapaz zanga-se com a sua mãe porque quer voltar a casa para ir buscar a sua irmã gémea. Em Belém, um ajudante de escrivão assiste à missa, na presença do rei D. José. E, no Limoeiro, o pirata Santamaria envolve-se numa luta feroz com um gang de desertores espanhóis.
De repente, às nove e meia da manhã, a cidade começa a tremer. Com uma violência nunca vista, a terra esventra-se, as casas caem, os tectos das igrejas abatem, e o caos gera-se, matando milhares. Nas horas seguintes, uma onda gigante submerge o Terreiro do Paço, e durante vários dias incêndios colossais vão aterrorizar a capital do reino. Perdidos e atordoados, os sobreviventes andam pelas ruas, à procura dos seus destinos. Enquanto Sebastião José de Carvalho e Melo tenta reorganizar a cidade, um pirata e uma freira tentam fugir da justiça, um inglês tenta encontrar o seu dinheiro, e um rapaz de doze anos tenta encontrar a sua irmã gémea, soterrada nos escombros.
Para a semana nas livrarias.
«Por vezes, como sabe qualquer cronista que tenha de escrever todas as semanas, os assuntos são demasiados datados, as opiniões nada originais, e quando por acaso nos damos ao trabalho de as reler fica evidente a dura verdade de que muitas crónicas são sempre escritas de forma apressada e pouco cuidadosa, e pouco tempo depois morrem. Nesses casos, o melhor mesmo é esquecer que se escreveu uma irrelevância.
Depois do Brasil, o livro «Enquanto Salazar Dormia», de Domingos Amaral, foi publicado na Polónia pela Bertelsmann. Veja aqui.
Marta Ramires
(Casa das Letras)
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